quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Um labirinto profundo
se encontra na minha cabeça...
As cenas da peça passam a
cada passo dado no labirinto...
As risadas e lágrimas sobre
chuvas inacabáveis...
Os passos bem marcados
sobre as Eras que se alastram nas
paredes da memória...
Os borros feitos a mãos que deixaram
marcas bem profundas e rasgadas
sobre um peito calejado...E o pássaro
que se liberta da gaiola pra sentir um
gostinho de liberdade...
A cegueira temporária do real que
coloca e constrói o novo mundo...

domingo, 22 de agosto de 2010

Os olhares distintos que se encontram..
Olhares que se procuram, e tentam descobrir
os mistérios que rondam um ao outro...
Os olhares que se dilaceram e dizem tudo,
pois a voz que deveria sair da boca... não
pode... não sabe o que dizer... não deve...
As mãos que se encontram em momentos
próprios e se desencontram quando os corpos
sentem que é impróprio...
A vontade de dizer e ouvir tudo aquilo
que foi proibido... que já foi dito... revirado,
chorado...escarrado e cuspido...
As angustias e vontades dos saberes...
- O que teus olhos dizem e por quê sinto
o que sinto e tenho certeza de que é reciproco?
Me diga e te revelo o que se passa sobre os meus...
Impossível génios tão fortes não dariam
os braços a torcer sem motivos plausíveis...
Preferir a duvida e o culto a sensações
impetuosas é o mais sensato...
Ponho minha rainha sobre a mesa, saio e
tranco as portas...
O jogo a minha não mais pertence...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


(Cazuza - Todo amor que houver nessa vida / Interprete: Caetano Veloso)


Ainda existe algum contracensso uma amplitude...
Uma vontade de gritar algum texto batido sobre
o palco improvisado nas ruas velhas e enferrujadas
Sentir as veias do pescoço se porem pra fora e o suor
que escorre pelas costas e gela sua alma...
Os amores infernos e céus conseguem ser
os temas de noites frias inundadoras...
Que todo sangue novo se derrame sobre os
meus e eu e meu sangue também seja derramado pelos
palcos e holofotes de ruas...

domingo, 1 de agosto de 2010



Entre alguns laços e passos
não consigo mais distinguir as
sensações que se colocam diante
de meus olhos... os muror que
foram construidos dentro da minha
utopia começaram a se ruir...
Deixando a brisa leve e nova passar
pelos meus cabelos... pelos meus olhos...
pela minha alma que a tanto fugia e se calava
É claro meu coração nunca parou de bater...
Mas não avia intensidade... não avia tesão
apenas uma tenção que agora se desfaz diante
dos atos que se colocam sobre o tabuleiro...