terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Queria poder entender nas entrelinhas
listradas...
Fomos...
Somos...
Achamos...
Perdemos...
Conquistamos...
Queremos...
Quebramos espelhos desencadeamos
sete anos infinitos de nós...
Dançamos...
Dançamos...
Dançamos...
Te convidei pra dançar comigo por
diversas vezes...
Tensão...
Medo...
Entusiasmo...
Desejo...
Esconderijo...
Facadas...
Tiros em próprias costas...
Sangue...
Olhos...
Veias...
Ventos...
Mãos, um milhão de coisas escritas...
Não chegaremos as aguas pois o oceano
seria talvez a metade?
Metade de mim que a terra sugou e renasceu
em laços coloridos que se fecham em conchas
translúcidas...
Me apeguei as janelas... elas me protegem
do caos interior...
Fecho meus olhos e danço em cima dos
muros de meu labirinto pois já não preciso
ver o lado certo apenas posso dançar...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

22 de novembro de 2010 - Dia de ensaio insano...

Um corpo que fala...
Uma mão que se expressa...
Uma busca que se inicia...
E algumas caixas pretas vazias...
Uma arena e um cheiro de suor
velho de corpos que passaram...
Um texto que se improvisa...
Uma expressão que se coloca...
Um medo... o nó na garganta...
Um toque frustrado... um amor
acalentado... um gosto amargo na boca...
Uma voz que se coloca...
Uma vontade escondida... perdida...
Um final inesperado...
Uma saída a francesa...
Um olhar que não se volta...
Um sentimento teu
que agora nem se sabe... se perdeu...
Um corpo que se cala...


Os escritos de uma vida... é isso...
Colocando pétalas sobre as rochas
que aparecem pelo caminho...
Mais o ato por muitas vezes
é tão difícil...
Mesmo repetindo por muitas
vezes já sangrei nas rochas...
chorei sobre elas... dancei sobre elas...
Por que não falar da lama por debaixo
delas?
Sim elas estão lá todos os dias...
As vezes lama, as vezes terra, as
vezes mim... índio... guerreiro
poeta... malandrando...
Digo que não retirem as rochas do
caminho que escolhi pois se escolhi
esse caminho queria era mesmo as
rochas...
Então por que reclamo?
Pois deixem que eu grite o que
quiser sobre pétalas, rochas e
lama...
Nunca prometi que não diria...
Promessas a altura das rochas
é perigoso elas escorregam...
Por isso me equilibro sobre elas...
Tudo bem existe uma explicação
pra tudo isso...
Apenas o que circula em minhas
veias é a vontade apenas isso...
As vezes me jogo sobre as rochas
me machuco pra valer...
Mas elas ainda estarão ali ao amanhecer...
Eu ainda sim jogarei as pétalas...

Agora sigo amando loucamente cada passo dado, cada janela visitada e cada idéia surreal criada...
Esqueci de alguma coisa?


Bom se foi esquecido não deve ser encontrado...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Enquanto o samba
vai rolando na velha vitrola...
O cigarro aceso e a taça de vinho
daquele conhecido glamour decadente
postos sobre as mãos da alma jogada
no mundo...
O pensamento indo na levada do samba
e você por incrível que pareça desesperada...
O meu pensamento quando longe te incomoda
e até hoje nem me preocupei com a resposta
de talvez um por que? que poderia sair da minha boca...
Me perdi no longínquo pensamento e te puxei pra dançar
manchando teu lindo vestido branco com meu vinho de
noite suja...
Dançando como se o mundo todo fosse ali...
Entrelaçando nossos corpos sentindo um
gosto bruto de amor e liberdade...
Abrimos os olhos e ali não avia mais
samba... não avia mais cigarro nem vinho...
Apenas o que avia restado era o gosto
bruto de amor... a doce liberdade dançando
sozinha com teu vestido manchado de noite suja...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Silêncio... nenhum pensamento
se atreve em ir pra fora...
Até porque agora lá fora
parece ser tão assustador...
Uma palavra mal interpretada
que chega aos ouvidos de fora
e pronto a confusão toda pode
se instalar por ai...
Silêncio... finalmente aprendo
a conviver com ele e nem é
de todo mal, pelo contrario
um ótimo companheiro...
Agora o que me falta é entender
minha alma de poeta louca e
decadente do mundo...
Apenas cansada de tudo e todos...
E mais um ano se inicia...
Pelo menos é de certo que sem
dores do que não existe...
Mais um inicio é isso a minha
boemia mesclada de tudo
que me alimento...
Deixemos assim sem esclarecimentos...

Escrevi...

Assim a correnteza forte do rio
vai levando tudo que se foi sem
dar tempo ou chance de uma
despedida.
Deixando apenas lembranças,
memórias pequenas coisas escritas...
Corro na tempestade pelas ruas
esperando ver algum vestígio
do puro e bom que se foi...
Tudo bem mesmo assim me
sinto segura...
O mundo era meu mas me contento
em ser apenas mortal...
Inconseqüente... viajando além
das barreiras dos limites...
Já me perdi e voltei a me encontrar
diversas vezes vendo a bailarina
dançando de pés descalços na terra...
Alimentado meu espírito e alma vou
levando aquela minha força que não seca...
Espero ver...