quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

22 de novembro de 2010 - Dia de ensaio insano...

Um corpo que fala...
Uma mão que se expressa...
Uma busca que se inicia...
E algumas caixas pretas vazias...
Uma arena e um cheiro de suor
velho de corpos que passaram...
Um texto que se improvisa...
Uma expressão que se coloca...
Um medo... o nó na garganta...
Um toque frustrado... um amor
acalentado... um gosto amargo na boca...
Uma voz que se coloca...
Uma vontade escondida... perdida...
Um final inesperado...
Uma saída a francesa...
Um olhar que não se volta...
Um sentimento teu
que agora nem se sabe... se perdeu...
Um corpo que se cala...


Os escritos de uma vida... é isso...
Colocando pétalas sobre as rochas
que aparecem pelo caminho...
Mais o ato por muitas vezes
é tão difícil...
Mesmo repetindo por muitas
vezes já sangrei nas rochas...
chorei sobre elas... dancei sobre elas...
Por que não falar da lama por debaixo
delas?
Sim elas estão lá todos os dias...
As vezes lama, as vezes terra, as
vezes mim... índio... guerreiro
poeta... malandrando...
Digo que não retirem as rochas do
caminho que escolhi pois se escolhi
esse caminho queria era mesmo as
rochas...
Então por que reclamo?
Pois deixem que eu grite o que
quiser sobre pétalas, rochas e
lama...
Nunca prometi que não diria...
Promessas a altura das rochas
é perigoso elas escorregam...
Por isso me equilibro sobre elas...
Tudo bem existe uma explicação
pra tudo isso...
Apenas o que circula em minhas
veias é a vontade apenas isso...
As vezes me jogo sobre as rochas
me machuco pra valer...
Mas elas ainda estarão ali ao amanhecer...
Eu ainda sim jogarei as pétalas...

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