Índio teu...
Um outro corpo
que se dispões a
ser teu escudo de
Jorge. Foi deixado guardado
num canto mofado sem
almofadas de veludo.
Simplesmente trocado
por milhares de laminas
frias e perigosas...
uma a uma enfiadas em tua
própria carne macia.
Teu índio, índio teu, armadura
quente de carne e osso, sangue e coração
mofando sem almofadas de veludo, pensando
quem serei eu para dizer? Apenas espero
prontamente, pacientemente sem contestações
ou sentimentos impuros de dor, espero o
momento da acolhida, grande
vinda tua ao colo caloroso e
fortalecedor de proteção, em silêncio
baixinho com a paz necessária de
um passarinho.
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