Explosões, vulcões gritos se
ouvia nos corredores, na sala
de jantar, na varanda... silêncio...
Silêncio ensurdecedor... silêncio tenebroso...
Um suor gelado escorrendo pelas costas, olhos se
arregalaram, se fecharam, se abriram e não... não
podia ser, e aquele silêncio se torna mais
silêncio...
Incomodo pelo que foi arrancado, houve
um estalo e o mundo se pôs após, se virou, se virou,
virado foi ficando, de uma forma lenta e precisa... ficou.
Apenas um suor gelado pelas costas, colado na espinha,
um grito foi para a boca mas o som se ausentou...
Dias de silêncio se passaram...
O silêncio... entra pela porta da casa, estranha até então,
senta-se, fuma um cigarro, toma uma grande xícara de café.
De repente ali, naquela cozinha, estranha até então, foi
estabelecido o acordo amoroso entre silêncio e alma...
Se observaram por horas e horas como se quisessem se reconhecer
um pouco mais...
Silêncio e alma se tocaram, se deliciaram com os gostos, os delírios,
criaram uma dança para seus corpos também imaginários e dançaram,
dançaram sem haver tempo algum, sem haver sentido de tempo, apenas se
sentiam...
Por fim sorriram e viveram feliz, não para sempre nem para ninguém se não silêncio e alma...
Aqui não existem pontos finais até...