segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pela manhã...

Explosões, vulcões gritos se
ouvia nos corredores, na sala
de jantar, na varanda... silêncio...
Silêncio ensurdecedor... silêncio tenebroso...
Um suor gelado escorrendo pelas costas, olhos se
arregalaram, se fecharam, se abriram e não... não
podia ser, e aquele silêncio se torna mais
silêncio...
Incomodo pelo que foi arrancado, houve
um estalo e o mundo se pôs após, se virou, se virou,
virado foi ficando, de uma forma lenta e precisa... ficou.
Apenas um suor gelado pelas costas, colado na espinha,
um grito foi para a boca mas o som se ausentou...
Dias de silêncio se passaram...
O silêncio... entra pela porta da casa, estranha até então,
senta-se, fuma um cigarro, toma uma grande xícara de café.
De repente ali, naquela cozinha, estranha até então, foi
estabelecido o acordo amoroso entre silêncio e alma...
Se observaram por horas e horas como se quisessem se reconhecer
um pouco mais...
Silêncio e alma se tocaram, se deliciaram com os gostos, os delírios,
criaram uma dança para seus corpos também imaginários e dançaram,
dançaram sem haver tempo algum, sem haver sentido de tempo, apenas se
sentiam...
Por fim sorriram e viveram feliz, não para sempre nem para ninguém se não silêncio e alma...
Aqui não existem pontos finais até...

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